Um jovem gay foi vítima de um ataque homofóbico na noite desta quinta-feira (20), no circuito Barro-Ondina, no Carnaval de Salvador. Ele curtia a pipoca de Claudia Leite no momento da violência.
Através de seu perfil do Instagram, Fernando Almondes compartilhou com seus seguidores o caso e informou que estava curtindo a festa tranquilamente, quando recebeu o empurrão de um vendedor ambulante.
Ainda conforme a vítima, a agressão se iniciou logo após ele tentar reclamar, educadamente, sobre o empurrão. Ao pedir para o agressor não tratá-lo daquela maneira, o homem retrucou com murros e pontapés.
Caído no chão, Fernando chegou a ouvir do ambulante que ele deveria ser morto por ser homossexual: “Sai daqui viado, por isso que eu não gosto de bloco de viado. Viado tem que morrer, que apanhar”.
“Eu sai me arrastando pelo meio das pessoas, eu só queria sumir dalí. Por sorte eu tenho plano de saúde, mas quantas pessoas passam pelo o que eu passei e não têm o direito de sobreviver? Não têm o direito de continuar vivendo, quantas?”, questionou a vítima.
“Essa violência gratuita, esse ódio sendo disseminado dessa maneira não pode continuar impune. Isso não pode continuar acontecendo. Quantos vão ter que morrer para que a gente tenha o direito a vida?”, completou Fernando em outro momento.
Em nota enviada a imprensa, o Governo da Bahia, por meio da Secretaria de Justiça, Direitos Humanos e Desenvolvimento Social da Bahia (SJDHDS), emitiu uma nota informando que “repudia e está prestando apoio ao jovem vítima de LGBTfobia”.
“A Coordenação LGBT da SJDHDS já manteve contato com o jovem e está em articulação com a Superintendência de Prevenção à Violência, da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), para apurar e investigar o autor da violência”, disse.