Dia 14 de junho foi o Dia Mundial do Doador de Sangue, e Caio Roberto, de São Carlos (SP), não pôde fazer sua parte para ajudar o banco de sangue da cidade, simplesmente por ser homossexual.
Auxiliar administrativo de 21 anos, Caio tem um namorado. Durante a entrevista de triagem, isso foi perguntado para ele, e a atendente lhe informou que homens que mantém relações homoafetivas não podem doar sangue por serem considerado um grupo de risco.
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Para fazer o procedimento, homens gays devem ficar ao menos um ano sem praticar relações sexuais. Caio ficou bem chateado, já que desconhecia totalmente essa orientação. “Senti vergonha de chegar em casa e contar para os meus pais que eu não pude salvar vidas por ser gay”, contou ele.
Essas regras estão sendo questionadas por diversas entidades, incluindo o Partido Socialista Brasileiro (PSB), que levou o fato ao Supremo Tribunal Federal (STF). Esse tipo de regra, além de colaborar para o preconceito contra LGBTs no Brasil, também prejudica bancos de sangue, que estão com falta de material continuamente.