Um universitário do Piauí se deparou com o descaso das autoridades ao tentar registrar uma queixa contra um caso de violência homofóbica sofrido quando estava abraçado ao seu namorado em um ponto de ônibus, na manhã do último sábado (28).
O estudante Josivan Nascimento, de 23 anos, relatou que foi atingido por uma pedra em seu rosto. Após o ocorrido, o agressor continuou no local amparado por um amigo, até a chegada da polícia. “ele [o agressor] ficou com um amigo do lado, para que ninguém fizesse nada com ele, e sem falar nada. Na hora que a PM chegou, ele se levantou e começou a dizer que eu tinha batido nele”, contou a vítima para o jornal O Dia.
Testemunhas que presenciaram toda a ação garantiram aos policiais que Josivan não revidou a agressão. Apesar das circunstâncias, o delegado se recusou a tratar o caso como LGBTfobia. “A forma como os policiais distorceram a história em favor desse rapaz foi incrível! Mas eu tenho muitas testemunhas e tenho como provar tudo o que eu falei”, declarou.
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O delegado que está a frente do ocorrido disse que, após ouvir todos os lados, inclusive dos policiais, chegou a conclusão que não abriria o Boletim de Ocorrência (B.O.), já que acusado também afirmou ter sido agredido, ignorando o relato das testemunhas.
O estudante ainda alegou que irá levar a denúncia adiante, para que o agressor seja punido. Apesar de desconhecer o real motivo para que sofresse a violência, ele acredita ter sido vítima de homofobia, por estar abraçado ao seu namorado, no momento do ocorrido.