Jup do Bairro rebate rótulo de música LGBT: "Não faço para viralizar no Tik Tok"

Jup Do Bairro
Jup Do Bairro Foto:reprodução

A cantora e compositora Jup do Bairro, de 28 anos, e ex-companheira musical de Linn da Quebrada, concedeu uma entrevista para a “Revista Marie Claire“, onde falou sobre a visibilidade que artistas LGBTs têm na música. Ela ainda negou fazer canções que possam ser visualizadas no Tik Tok.  

Jup falou também sobre a visibilidade que artistas como Pabllo Vittar, Majur, Linn da Quebrada e outros têm na música. Mas, no entanto, nega rótulo à música LGBT. “Começam a colocar a gente numa caixinha LGBT sem nem querer saber se fazemos rock, reggae etc. Daí, daqui um tempo, vão dizer que essa onda acabou.” Fato é que, graças a essa visibilidade, uma novíssima geração tem referências antes inimagináveis“, aponta.

Quando eu era criança, existiam a Vera Verão e a Lacraia, ambas com uma imagem pejorativa, da bicha preta engraçada. Era um exemplo, mas não para ser seguido“, lembra Jup. “O Jorge Lafond era um ator incrível. A Lacraia, super dançarina, mas a ambos cabia exclusivamente a comédia. Hoje, recebo mensagens de pessoas dizendo que se identificaram com uma música ou uma fala minha. Por isso, é importante tratar de nossas dores tanto quanto das alegrias. Não faço música que começa pelo refrão e dura 15 segundos para viralizar no Tik Tok.”

Durante a entrevista, ela falou sobre a repercussão do EP “Corpo Sem Juízo“, que a consagrou como cantora revelação no Prêmio Multishow em 2020. O álbum traz um mix de metal, funk, rock com participações de Linn da Quebrada, da funkeira Deize Tigrona e do MC Rico Dalasam, entre outros. “Mas não acho que fui capa de jornais, recebi elogios ou ganhei prêmios porque fiz mesmo o melhor disco do ano ou por ser uma revelação. Isso aconteceu porque ficou insustentável não falar de corpos como o meu“, disse.

Inscrever-se
Notificar de
0 Comentários
mais antigos
mais recentes
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários