Um casal gay perdeu um processo na Justiça do Trabalho de Goiás, após alegar que havia sido demitido por consumarem o casamento no civil. Os dois rapazes, que trabalhavam na mesma empresa, pediram R$ 400 mil de indenização.
Veja também:
- Apesar de recorde histórico, investimento federal LGBTQIA+ ainda é insuficiente
- Legislação transfóbica desafia movimento trans e aliados a investirem em resistência institucional
- Associações defendem direitos de crianças e adolescentes no STF contra lei que censura a Parada LGBTQIA+
- CNJ proíbe discriminação de pessoas LGBTQIA+ na adoção, guarda e tutela
- Enquanto aguarda nomeação de Lula, PGR interina defende direitos de travestis e transexuais presas
- Como ser um aliado de pessoas trans sem invisibilizar e protagonizar seu papel
- Crivella deixa cariocas sem remédio para tratamento da AIDS
- Ex-empresário de Dudu Camargo diz que apresentador quer mudar imagem de gay assediando mulheres
- World Athletics diz que atletas trans não podem ser proibidos de competir em SP
- Assexualidade gera dúvidas e polêmica entre LGBTs
- Quadrinho do Chico Bento mostra conceito de família com casal gay
- Japão testa drogas anti-HIV contra coronavírus em meio a aumento de casos
- Homofobia: professor é espancado e torturado por horas após ter vídeo íntimo vazado
- Coronavírus: precisamos nos alarmar no carnaval? Dr. Maravilha explica
- Presidente Bolsonaro veta propaganda do Banco do Brasil que investia em diversidade
- Matheus Ribeiro é pré-candidato a prefeitura de Goiânia
- Relacionamentos abusivos em casais homoafetivos
- A irreverência e atemporalidade de Edy Star
De acordo com Geferson Ribeiro de Souza e Daniemerson Brito da Silva, a empresa WB Componentes demitiu os dois logo após voltarem da licença casamento, com a afirmação de que o desligamento seria por conta da orientação sexual deles. Além disso, o casal contou que era vítima de várias piadas de cunho homofóbico no ambiente de trabalho.
Procurado para ser ouvido sobre a decisão, o advogado do casal preferiu não se pronunciar. Já o advogado Tabajara Póvoa, representante da empresa, disse que a decisão da justiça mostrou que de fato as acusações dos ex-funcionários eram infundadas e que não houve preconceito.
“Foi muito justa em relação a todas a provas, até porque não houve qualquer espécie de demissão preconceituosa. Até porque, na própria [petição] inicial dos reclamantes, eles relatam que a empresa sabia que eles eram namorados e homossexuais. Se tenho um preconceito, eu não os contrataria”, afirmou o advogado ao G1 Goiás.
Ainda conforme a empresa, o casal queria “se enriquecer sem nenhum esforço”, já que um dos patrões foi convidado para ser padrinho do casal. Além disso, a demissão teria na verdade a ver com “ano difícil para a economia brasileira, marcado por desemprego e crise”.