Começou na última quinta-feira (01º de agosto) o julgamento de um grupo de skinheads responsável pela tentativa de assassinato de dois homossexuais na cidade de Curitiba, em 2005. O crime ocorreu na Praça Osório, zona central da cidade.
O grupo, que também foi denunciado pelo Ministério Público por ter espalhado adesivos com frases racistas, homofóbicas e antissemitas pela cidade, abordou as vítimas com socos, chutes e um punhal. Segundo reportagem da CNB, também foi encontrado material de apologia ao nazismo em posse dos indiciados.
Não se trata de um caso isolado de crimes de natureza LGBTfóbicas cometidos cometidos por skinheads de vertente neonazista ou ultranacionalista. Em 2018, ao menos outras duas dessas situações ganharam notoriedade pública. No Recife, um jovem estudante relatou um ataque homofóbico por parte do grupo “Carecas do Brasil”. Meses depois, o mesmo grupo foi apontado como responsável pela distribuição de cartazes de natureza antissemita e homofóbica na cidade.
Apenas agora, quase quinze anos depois, os oito acusados serão julgados por seus crimes. Em junho de 2019, o Supremo Tribunal Federal decidiu pela Criminalização da LGBTfobia no Brasil, equiparando esses crimes ao crime de racismo. Todos os acusados respondem, até o momento, em liberdade.