Retrocesso

LGBTs no exército brasileiro ainda é alvo de resistência, indica pesquisa

A presença de pessoas da comunidade ainda enfrenta rejeição de longa data

Exército brasileiro
Exército brasileiro | iStock

Uma pesquisa feita pelo Departamento de Ciências Sociais da Faculdade de Ciências e Letras (FCL) da Unesp, apontou que a presença de pessoas da comunidade LGBTQIAPN+ ainda é alvo de resistência pelo exército brasileiro até hoje.

Alexandre Fuccille, professor e autor da pesquisa, apontou que, embora não existam normas explícitas proibindo o alistamento ou determinando a expulsão de gays, lésbicas ou transexuais nas forças armadas brasileiras, existe um tipo de cultura de constrangimentos, cerceamento e pressões que nega o acolhimento e dificulta a adaptação desses indivíduos à instituição.

“Na prática, ocorrem constrangimentos de toda sorte para quem torna pública sua orientação sexual ou identidade de gênero”, declarou Fuccille. “O discurso oficial é o de que cada um segue sua orientação pessoal e não existem interferências. Mas a realidade é que as forças armadas constituem um ambiente extremamente heteronormativo, repleto de piadinhas e condutas que já não deveriam ser aceitas no restante da sociedade, mas seguem naturalizadas entre os militares”, disse.

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