A Chechênia, uma república da Rússia, recebeu a atenção este ano com as acusações de tratamento desumano a homossexuais. Nesta semana, o líder do local, Ramzan Kadyrov, surpreendeu com a declaração que apoiaria quem quisesse matar familiares gays.
As afirmações de Kadyrov foram feitas em uma entrevista para a HBO, durante uma campanha do governo que estava buscando promover o esporte por lá. Em meio a esse contexto, o repórter David Scott conseguiu perguntar sobre as acusações de “alegados sequestros e tortura de homossexuais na república”. A resposta foi enfática: “Por que veio aqui? Qual é o objetivo dessas questões? Isso não faz sentido. Não temos esses tipos de pessoas aqui. Nós não temos nenhum gays”, afirmou.
“Se os encontrarem, levem-os para o Canadá. Louvado seja Deus. Levem-nos longe de nós, então não os teremos em casa. Para purificar nosso sangue, se houver algum aqui, levem-os. Eles são demônios. Eles estão à venda. Eles não são pessoas. Deus os esconjure pelo que eles nos acusam. Eles terão que responder ao Todo-Poderoso por isso”, completou.
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O líder russo, entretanto, defende do homicídio. “Se nós temos essas pessoas aqui, então eu digo-lhe oficialmente, seus parentes vão acabar com eles, pela nossa fé, nossa mentalidade, costumes e tradições. Mesmo que seja punível de acordo com a lei, nós os apoiaremos”, declarou.
Ainda assim, muitos nomes internacionais do esporte se dispuseram a participar da campanha da Chechênia, inclusive o Ronaldinho Gaúcho, que já publicou uma foto com o político homofóbico.