Depois de vencer o prêmio Teddy, no Festival de Berlim, Linn da Quebrada continua sendo ovacionada pelo documentário “Bixa Travesty” e, agora, a cantora foi aplaudida de pé durante exibição do audiovisual no 51º Festival de Brasília, que aconteceu no último sábado (22).
Ao jornal O Globo, a funkeira declarou que sente “como se o filme não fosse mais” sobre ela: “Partiu do meu corpo, minha experiência e da minha narrativa, mas sou apenas um canal. Não se finaliza em mim. Minha história é capaz de formar pontes e de nos aproximar de corpos com os quais não temos intimidade”.
Leia mais:
Dono da famosa sauna gay “Chilli Pepper” insinua voto em Bolsonaro e causa revolta
Produzido por Claudia Priscilla e Kiko Goifman, o longa revela a intimidade e os pensamentos de Linn que vem da periferia e canta um funk com letras gráficas, que celebram o corpo enquanto dispositivo político.
“Desde que eu comecei a trabalhar, busquei comunicação e diálogo para me sentir menos sozinha. E não estamos sozinhas. Já que entrei nessa disputa, vou brigar por ela. Estamos numa crise política, mas crises, para mim, sempre foram momentos em que surgiram novas oportunidades. Espero que esse encontro gere afeto, mas um afeto com raiva. Toda criação evolve destruição. Estou aqui para matar, roubar e destruir… o patriarcado!”, afirmou a artista.