Um estudo realizado pela infectologista Elaine Matsuda, do programa IST/AIDS de Santo André (SP), constatou que 63% dos pacientes diagnosticados com o vírus HIV, já havia se exposto a situações de risco e realizado o exame, porém, não continuaram a se proteger e acabaram infectadas. O trabalho foi apresentado para a comunidade científica na Conferência Internacional de AIDS, realizada em Amsterdã, na Holanda.
A pesquisa foi realizada pela infectologista entre os anos de 2012 e 2017 com 204 casos recém diagnosticados na rede pública de Santo André de um total de 1.337 admitidos no serviço neste período.
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“A grande maioria dos novos casos de infecção é de homens que fazem sexo com outros homens e já tinham feito exame antes. Os dados trazem um alerta para a importância do trabalho de prevenção nas unidades de saúde e a necessidade de ir além de orientações como usar preservativo. Há outras medidas para impedir a infecção, como tomar o coquetel de emergência, que precisam ser apresentadas”, afirmou ao Metro Jornal.
Matsuda destaca também a maior preocupação entre os homens heterossexuais, no qual muitos descobrem a doença quando ela já está em estado avançado.