Malta, país extremamente católico, avançou significativamente em questões de direitos LGBT, e isso pode evoluir mais ainda. Nesta segunda-feira (03), o governo maltês apresentou uma proposta de lei que legaliza o casamento entre homossexuais, ao modificar a lei de matrimônio existente sem especifidade de gêneros.
Ou seja, com a alteração, qualquer pessoa teria o direito ao casamento, não apenas um homem e uma mulher. Isso é um avanço e tanto, considerando que fazem apenas seis anos que o país avançou em um quesito já antigo para a maioria das nações: o divórcio. Homens e mulheres casados antes de 2011 ainda não podiam se divorciar legalmente.
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O primeiro-ministro de Malta e líder trabalhista, Jospeh Muscat, afirmou que quer ser um exemplo. “Malta quer continuar na frente dos temas LGBT e liberdades civis, de maneira a poder ser um exemplo para o resto do mundo”, contou para a BBC. Ele venceu as eleições para seu cargo há um mês, contra o partido opositor de centro-direita, que é bem mais conservador.
Apesar da oposição ter causado desagrado, eles já afirmaram que aprovarão a nova lei do casamento. Ainda assim, diversas figuras do partido Nacionalista criticaram a ideia: “A partir de agora ninguém pode chamar aos seus pais ‘mãe’ e ‘pai’ porque não está na lei”, disse David Agius no Parlamento. Segundo ele, a mudança é “progressiva demais”.