Na quinta-feira (1°), Dia Mundial de Combate à Aids, aconteceu um protesto contra o fechamento do Centro de Testagem e Acolhimento (CTA), da Rodoviária do Plano Piloto de Brasília. As entidades de defesa dos direitos humanos e da luta contra a doença na capital foram os organizadores do protesto.
A organização que se situa na Rodoviária de Brasília oferece serviços de testagem para HIV, sífilis, hepatites B e C e exames de PCR para clamídia e gonorreia, além de tratamentos medicamentosos pré e pós-exposição sexual, atendimento psicossocial e aconselhamento.
Segundo a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), a unidade da Rodoviária será fechada para reforma e transferida para a nova estrutura do Centro Especializado em Doenças Infecciosas, na quadra 508 da Asa Sul. A pasta alega que não haverá prejuízo aos pacientes atendidos no local.
De acordo com o G1, os protestantes afirmam que haverá sim prejuízo com a mudança de local, pois a Rodoviária é um local de fácil acesso e com uma grande movimentação de pessoas.
Michael Platini, presidente do Centro de Defesa dos Direitos Humanos e conselheiro da saúde no DF, afirmou que essa mudança de endereço será um “retrocesso”.
“Hoje, no Dia Mundial de Luta contra Aids, nós estamos aqui pra denunciar o descaso do DF com a população que vive com Aids. Mas não só isso, com a incidência do HIV aqui no DF. Nós temos uma crescente da infecção e pouca mobilização de estratégia. Nós precisamos ampliar esses lugares, e não fechá-los”, afirmou.
Atualmente, o CTA da Rodoviária, atende 50 pacientes por dia e aproximadamente 1 mil por mês.
De acordo com a Secretaria de Saúde, a equipe é composta por 15 profissionais, entre enfermeiros, técnicos em enfermagem, odontólogo e assistente social, todos treinados pelo Ministério da Saúde. O núcleo funciona de segunda a sexta-feira, das 8h às 19h.