Márcia Pantera, considerada a rainha do "bate cabelo", é uma das grandes pioneiras do movimento de drag queens LGBTQIA+ no Brasil. Presente na cena desde dos anos 1980, seu primeiro contato com o meio aconteceu em uma boate de São Paulo, antes mesmo de completar 18 anos.

Hoje aos 55, a artista relembrou o início de tudo. "Eu era menor de idade, atleta e jogava vôlei em Suzano (SP) há anos. Meu amigo me levou para uma boate pela primeira vez aos 17 anos e foi um deslumbre. Nunca havia visto dois homens se beijando. Já me identificava como gay desde os 13 e, graças a Deus, minha família me abraçou com muito carinho desde o começo", comentou, ao portal G1.

Márcia Pantera afirmou que, em sua primeira experiência, ficou encantada ao ver uma performance artística pela primeira vez. "A música era muito boa e eu me diverti muito. Eu sempre chamava a atenção, dançava a ponto de abrir a pista para mim, e meus amigos diziam que eu tinha que começar a fazer shows. Quando eu vi o primeiro, acendeu uma luzinha na cabeça e eu pensei: 'Nossa, eu preciso começar a fazer isso'", disse.

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De acordo com a artista, seu pontapé inicial foi a vitória em um concurso no qual ela se caracterizou pela primeira vez. "Eu acredito que sou a primeira drag queen do Brasil e comecei aos 18 anos. Quando cheguei, havia gente já nos 40 anos, mas sempre reproduziam alguém: Alcione, Gal Costa e as vedetes dos anos 50. Elas usavam vestido, plumagem, e eu cheguei com uma calça de vinil, bota preta, maiô de onça e uma personalidade totalmente nova. Eu vi essa chavinha virar", concluiu.