A vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) recebeu uma série de homenagens em pelo menos 18 murais grafitados em oito países. Estas paredes, apresentam com imagens e mensagens que remetem ao seu legado. Nesta quarta-feira (14), o crime completa um ano, quando a parlamentar foi assassinada a tiros, no centro do Rio.
Ao longo de 2018, Marielle foi lembrada em diversas manifestações culturais. Um dos primeiros seria o do artista francês Laurent Jamet, de nome artístico Sept, já havia finalizado um mural com o retrato de Marielle em Paris.
“Eu fiquei tocado com o que tinha acontecido e fiquei interessado na vida dela e na mensagem que ela estava defendendo. Eu decidi fazer um tributo na esperança que a mensagem dela atingisse mais pessoas, especialmente na França. A arte urbana deve ser capaz de tocar e informar quem cruza com ela”, afirmou a Sept. As informações são do jornal Extra.
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Um dos tributos que causou maior comoção foi a de Lucia Gonzalez Ippolito, artista que mora em São Francisco. Ela assinou o Mural “Mulheres na Resistência”, localizado no bairro Mission e retrata 38 ativistas e foi feito em colaborações com outras artistas plásticas. Dentre elas, a paquistanesa Malala.
“Todas as mulheres no mural defenderam comunidades marginalizadas e lutaram por justiça social. Nós escolhemos honrar mulheres que lideraram movimentos de resistência e que dão inspiração nesses tempos sombrios. Obras de arte foram criadas por muitos em memória do legado da Marielle.”, explicou Lúcia.
Policiais militares são presos responsáveis por executar o crime
Dois policiais militares foram presos na última quinta-feira (12), suspeitos de serem os autores do crime. O PM reformado Ronnie Lessa, de 48 anos, seria o autor dos 13 disparos que tirou a vida das vítimas. Já o ex-PM Élcio Vieira de Queiroz, foi apontado como o responsável por dirigir o carro, onde saiu os tiros. Agora, a investigação trabalha em busca do mandante do crime.
Marielle Franco foi brutalmente assassinada enquanto saía de umevento sobre combate ao racismo, na Lapa (RJ). Também estavam no carro, a assessora Fernanda Chaves e o motorista Anderson Gomes, que também foi atingido e não resistiu. Mulher, lésbica e negra, ela ficou conhecida pelas suas pautas a respeito dos Direitos Humanos.