Raya Martigny correu em busca do sonho de se tornar modelo em Paris, na França, aos 16 anos, e retornou à terra natal, na Ilha da Reunião, um território francês no Oceano Índico, com o objetivo de fazer mudanças.

“Pode ser muito difícil crescer como LGBTQIAPN+ por lá. Sem o apoio da família, muitas vezes, você se sente isolado. É quase impossível encontrar amigos sem ter carro e carteira de motorista, por ser uma região montanhosa e extensa”, disse a também atriz trans, em entrevista ao jornal O Globo.

“Nos últimos cinco anos, criamos espaços como o primeiro centro LGBTQIAPN+ no Oceano Índico. Quero que a próxima geração sonhe alto. Quando era mais jovem, nada disso existia”, detalhou Raya, que ressaltou a importância da luta pelos direitos.

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“Se não lutamos pelos nossos direitos, abandonamos uma parte de nós”, afirmou a modelo. “Muitas pessoas que deixaram o território ainda jovens por motivos semelhantes aos meus estão retornando para investir sua arte no bem-estar da comunidade”, concluiu.