Já é sabido que a Rússia proíbe qualquer manifestação pública que promova a homossexualidade. Desde 2013, a legislação do país proíbe qualquer “propaganda de relações sexuais não tradicionais a menores de idade”. E nesta semana uma ativista russa teve de se explicar à polícia após compartilhar links sobre homossexualidade em seu Facebook.
A ativista Evodkia Romanova teve que comparecer na delegacia de polícia após postar conteúdo considerado proibido no Facebook e numa rede social russa chamada VKonkakte. A ativista trabalha como membra da organização de direitos LGBT Samara Regional Public LGBT Movement, também conhecida como AVERS.
Entre as postagens criminosas estariam um link para o site da Coalizão Juvenil para Direitos Reprodutivos Sexuais, dos quais a ativista é membra. Links dos sites The Guardian e Buzzfeed que foram compartilhados pela russa, também foram alvo da investigação das autoridades russas.
“Foi muito chocante”, disse Romanova ao BuzzFeed News por e-mail. “Eu não esperava que nada assim acontecesse comigo. Eu…rejeitei imediatamente qualquer testemunho e liguei para o meu advogado”.
Em depoimento à polícia, a ativista foi questionada sobre por qual razão ela acreditava estar passando pelo interrogatório. A russa respondeu o seguinte:
“O trabalho internacional de direitos humanos não é muito comum na cidade de onde eu venho devido a um alto nível de homofobia, tudo o que não está claro para eles parece incriminatório” explicou.
A ativista será julgada julgado em 18 de setembro e se condenada, terá que pagar uma multa de até 100 mil rublos (o equivalente a cerca de $1.750 dólares).