Apesar de já ser incluída como tema no “instrumentum laboris”, espécie de texto preparatório para o Sínodo dos Bispos sobre os jovens, que acontece desde a última segunda-feira (03) e vai até o próximo dia 28, o reconhecimento da comunidade LGBT está longe de ter uma abertura dentro da igreja católica.
Em um discurso na assembleia episcopal, o arcebispo da Filadélfia, monsenhor Charles Chaput, disse que a sigla LGBT não deve ser citada pela Santa Sé, além de criticar a citação no texto prévio para o evento.
“Não existe católico LGBTQ, católico transgênero ou católico heterossexual, como se nossas tendências sexuais definissem quem somos, como se essas designações descrevessem comunidades distintas, mas de integridade igual dentro da verdadeira comunidade eclesiástica, o corpo de Jesus Cristo. Isso nunca foi verdade na vida da Igreja, e não o é agora”, afirmou o religioso.
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Chaput justificou que o uso de termos como LGBT sugere que esses grupos são “reais e autônomos”, mas a Igreja “não classifica as pessoas desse modo”. As informações são da agência Ansa.
Em junho, a igreja divulgou o “instrumentum laboris” do Sínodo de 2018, primeiro documento oficial do Vaticano a citar a sigla LGBT, ao dizer que jovens dessa comunidade “desejam se beneficiar de uma maior proximidade e experimentar uma maior atenção” na igreja. Sugerindo a discussão através dos bispos, de temas como a homossexualidade e a identidade de gênero.