Mesmo sendo criticado pelo clipe, foi indicado ao Grammy Latino e sobre isso, comemorou: “É bem especial, porque fui eu que idealizei tudo. Criei a música, pensei no roteiro do clipe… Nunca imaginei obter reconhecimento internacional”.
Na época, chegou a se referir à Luisa — mulher transexual — como um rapaz bonito. Sobre isso, o cantor se desculpou: “Fui infeliz. Quis ser engraçado e errei. Mas aprendi muito. Hoje, sei que o que falo tem muito peso, preciso ter cuidado. Fui a São Paulo, e a gente fez as pazes. Ela me falou: ‘Nego, você é gente boa, fica tranquilo”.
Borel confidencia o que aprendeu com essa situação: “Entendi o posicionamento da Luisa. A comunidade LGBTQI+ luta muito para normalizar o olhar sobre ela, muitos morreram e ainda morrem por causa do preconceito. Aprendi a lição: não se brinca com isso, e ninguém é obrigado a entender as minhas brincadeiras”.
Por fim, se mostrou como uma vítima da repercussão que isso causou: “Cheguei a chorar de tristeza. Pessoas me atacaram e me julgaram preconceituoso, coisa que eu não sou. Nem posso ser! Sou de família negra, pobre e favelada. Já sofri muito preconceito na vida, sei bem o que é isso. Acho que fui mais vítima… Todo mundo merece uma segunda chance. Eu me arrependi, mas muita gente continua me atacando. Se aproveitam da situação para tripudiar em cima de mim”.