O ministro da Saúde, Ricardo Barros, garantiu que se a Justiça liberar a doação de sangue para homens gays, o risco de contaminação por doenças como HIV e hepatite não aumentará.
“Ninguém fará doação sem todos os exames garantirem a qualidade do sangue. Toda doação de sangue é precedida de detalhado exame de qualidade do produto doado. Então, não há riscos dentro do processo. Evidentemente existem novas tecnologias que podem garantir ainda mais essa segurança. De qualquer forma, temos que aguardar o final do julgamento”, afirmou o ministro em entrevista à CBN.
O STF irá retomar o julgamento na próxima quarta-feira (dia 25). Atualmente a norma imposta pelo Ministério da Saúde e seguida pela Anvisa, proíbe a doação de sangue de homens gays que tenham tido relação sexual com outros homens nos últimos 12 meses.
Espanha e Colômbia são países que já flexibilizaram suas leis para liberar este tipo de doação. Vale lembrar que no ano passado, homossexuais dos Estados Unidos continuaram proibidos de doar sangue mesmo se mostrando dispostos a ajudar quem saiu ferido de um atentado a uma boate gay em Orlando.
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Para Edson Fachin, Ministro do STF, a proibição adotada há mais de 20 anos o Brasil para supostamente proteger quem recebe a doação é uma forma de discriminação, diante dos recentes avanços científicos.
“Orientação sexual não contamina ninguém, o preconceito sim” afirmou Fachin.