Os pais da menina transgênero que teve a matrícula recusada por uma escola de Fortaleza, entraram com um pedido na Defensoria Pública do Ceará para que os custos com as despesas de educação da adolescente sejam arcados até o fim do ensino médio.
A entrada do processo aconteceu na última segunda-feira (04), e foi feita com, além dos representantes da jovem, por um porta-voz da instituição de ensino como condição para fechar um acordo entre as partes
O caso ganhou repercussão em todo o país, após a mãe da jovem publicar um relato no Facebook, depois de a Educar Sesc se recusar a renovar a permanência da aluna, que estudava no local desde os dois anos de idade. A família entendeu a posição da escola como discriminação transfóbica. A estudante iniciou o processo de transição de gênero neste ano.
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Como acordo, os pais pedem a introdução de campanhas educativas dentro do seio colegial, através de movimentos LGBT do estado dentro do ambiente escolar. A escola afirmou que irá analisar os termos a partir de um conselho, e apresentará a sua posição na próxima sessão do processo, que acontece no dia 14 de dezembro.
A Educar Sesc alegou que “desde agosto de 2017, a escola vem acompanhando junto com a família o processo de transição e tomando as medidas para que permaneça com o mesmo ambiente acolhedor de sempre”.
Sobre o episódio descrito nas redes sociais, a instituição informou que tudo não passou de ”uma falha pontual interna que gerou mal-estar e provocou manifestação da família da aluna nas redes sociais e imprensa”. A escola disse que, em menos de 24 horas, reconheceu, procurou pessoalmente a família, pediu desculpas e garantiu a matrícula para 2018.