Eles são mais presentes nas atividades escolares que pais heterossexuais – e também melhores na divisão de tarefas
A grande maioria dos estudos sobre filhos de casais homossexuais não encontra nenhuma diferença entre o desenvolvimento dessas crianças e daquelas que têm pais heterossexuais. É o que aponta um levantamento da Escola de Direito da Universidade de Columbia: 75 pesquisas realizadas por diferentes estudiosos não mostraram disparidades – e só 4 concluíram que existia algum tipo de prejuízo, escolar ou emocional, às crianças.
Mesmo assim, pouco se sabe sobre a experiência de paternidade e maternidade para os casais homossexuais em si. Foi isso que o especialista em educação Andrew Leland, da Universidade Rutgers, decidiu investigar.
Seu foco era entender como é a experiência paterna e o envolvimento nas atividades escolares dessas crianças. Ele relata, em um artigo para o site The Conversation, que o primeiro fator importante é o status socioeconômico da família.
Pais gays, brancos e ricos tendem a se conformar aos papéis convencionais de criação dos filhos. Um deles trabalha fora e é responsável pela maior parte da renda, enquanto o outro trabalha (e ganha) menos e fica responsável pelo cuidado das crianças.
Mas, nas famílias de classe média para baixo, em que os dois pais trabalham, essa divisão é quebrada – com uma vantagem sobre os casais heterossexuais: as tarefas não têm como recair sobre os papéis arcaicos de gênero, com a mulher trabalhando e sendo a principal responsável pela casa e pelas crianças. Assim, eles precisam dividir obrigações de forma racional, e as responsabilidades acabam dependendo mais das habilidades de cada um. Dessa forma, a divisão fica mais orgânica e igualitária.
Fonte: Super Interessante