No Santuário São Judas Tadeu, no bairro da Graça, em Belo Horizonte, quinzenalmente um grupo de pessoas homossexuais se reúne para a Pastoral da Diversidade Sexual. Lá, eles oram e tratam da temática LGBT dentro da igreja, sem qualquer preconceito ou exclusão.
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Na verdade, a proposta do local é que essas pessoas sejam “curadas” da dor da exclusão que sentem por culpa da sociedade. “Sem absurdos de propor cura gay, que não existe; nós propomos o Evangelho, cujo conteúdo é o amor de Deus, e é nessa experiência de amor, de convivência fraterna, de partilha, de confiança mútua que o grupo vai crescendo”, conta o padre Marcus Aurélio Mareano.
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A ideia da pastoral veio depois que o Papa Francisco falou, no ano passado, que os cristãos deviam desculpas pela forma como tratam os homossexuais. Então, em agosto de 2016, ela foi criada. Só nos últimos meses do ano é que famílias compostas por homossexuais realmente passaram a atender as reuniões, depois de uma extensa divulgação. “Vi que essas pessoas se sentiam pouco acolhidas, mas havia nisso uma busca de Deus”, contou Mareano.
A iniciativa, apoiada pelo pároco da São Judas Tadeu, padre Aureo Nogueira de Freitas, se tornou a primeira Pastoral da Diversidade registrada em uma igreja católica mineira. Ela funciona como qualquer outra pastoral e, além das reuniões, é o grupo da diversidade que organiza a missa um domingo por mês, além de assumir as leituras bíblicas, fazer as preces, entrar na procissão e outras ações.