O ator e humorista Paulo Vieira concedeu uma entrevista ao jornal carioca Extra, sobre a sua carreira, seu passado e sua relação com a TV Globo. Paulo desabafou também de como se sente ao ser chamado de homossexual. Segundo o famoso, muitas pessoas confundem sua sexualidade, mas isso, garantiu, não o incomoda.
De acordo com Paulo Vieira, que está garantido no “BBB23” com seu quadro “Big Terapia”, essa “fama” de gay surgiu devido ao seu tipo de humor. O humorista define sua comédia como um “humor de tia”, que surge do fato de acharem as mães engraçadas e de terem sido criados com avós e tias. Algo parecido com o que Paulo Gustavo fazia ao imitar a própria mãe.
De acordo com o portal em off, vem daí, na opinião do humorista, o motivo de acharem que ele é gay. Paulo Vieira, no entanto, namora a especialista em mídia, influencer e atriz Ilana Salles há seis anos e garante que está longe de se incomodar com isso. No entanto, acha um retrocesso ter que dizer “o que é e o que não é”. “É um desserviço baseado em estereótipos”, explicou.
Na sua entrevista ao Extra, o humorista lembrou o seu passado e disse que sempre sonhou em ser um artista da TV Globo. “Quando sonhava ser um Global, pensava sobre o que precisaria me tornar ou esconder de mim. Sempre fui ligado à cultura popular, à política cultural, produzi festivais no Tocantins. Penso que cheguei no momento certo, falando sobre brasilidade, em que a emissora entende a necessidade de descentralizar”.
O humorista que tem carta branca para brincar na emissora em programas clássicos, como “Criança Esperança” ou o “Domingão”, coisas que outros humoristas também tem como Marcelo Adnet e Tatá Werneck. “Não sei se me deram carta branca ou eu me dei, só sei que fui indo. Sempre falei o que gostaria de fazer. Eles foram topando”, explicou.
“A liberdade dada, tipo ‘seja livre’, é algo difícil na minha história e na da minha família. Então, é uma liberdade conquistada. Um caminho que Tatá Werneck, Fábio Porchat, Marcelo Adnet também trilharam. Eu já cheguei me apropriando dele e não fiz negociações. Mas não é tipo “‘olta esse doido para falar o que quiser’. Há uma confiança”, garantiu.