A procuradoria do Supremo Tribunal de Justiça Desportiva (SJTD) formalizou na manhã desta sexta-feira (14), uma denúncia inédita contra o Paysandu Sport Club por desordens e discriminação homofóbica no final do jogo contra o Luverdense, no último dia 30 de junho, no Estádio do Curuzu, em Belém. É a primeira vez que um time de futebol é acusado por preconceito de orientação sexual.
De acordo com o texto da denúncia, um grupo de torcedores que deixavam o estádio, começaram uma confusão após tentar tirar satisfações com membros da Alma Celeste, por terem declarado apoio ao combate a homofobia ao estenderem uma bandeira de arco-íris símbolo da comunidade LGBT na arquibancada, durante uma partida contra o Santos em maio, resultando em agressões entre os presentes.
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Segundo a Procuradoria, “restou evidente que o tumulto, a desordem, a briga generalizada trouxerem riscos à integridade física de torcedores em geral, inclusive verdadeiros torcedores e que nada tem a ver com as práticas delituosas constatadas”
O Paysandu foi denunciado no artigo 213, inciso I, parágrafo 1º do CBJD por não garantir a prevenção ou repressão das desordens. O clube pode ser condenado a pagar uma multa entre R$ 100 e R$ 100 mil e punido com perda de até 10 mandos de campo.
O SJTD também autuou o árbitro, Jean Pierre Gonçalves Lima, por não ter relatado o desentendimento entre os torcedores na sumula do jogo, pena prevista no artigo 266, Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). Caso seja condenado, o juiz pode receber suspensão no valor de R$ 30 a 360 dias, além de multa que varia de R$ 100 a R$ 1 mil.