O Peru adotou uma medida controversa para conter a propagação do coronavírus, que consiste em designar dias alternativos para homens e mulheres poderem sair de casa na quarentena.
O presidente do país, Martin Vizcarra, anunciou a medida no Twitter e explicou que segunda, quarta e sexta são dias para homens e terças, quintas e sábados são para mulheres. Quanto ao domingo, o presidente apontou que ninguém poderá sair.
“Precisamos que todos os dias haja menos pessoas nas ruas”, explicou o presidente em entrevista coletiva. O presidente peruano justificou a medida, garantindo que dessa maneira será mais fácil para os policiais monitorarem o confinamento.
Segundo o El Periódico, a medida será executada até 12 de abril e não terá efeito sobre o pessoal autorizado a trabalhar durante a quarentena ou as pessoas em situação de emergência, mas já existe uma controvérsia por inclusão.
As redes sociais estão cheias de críticas à medida adotada pelo governo de Vizcarra, considerando a medida não inclusiva e discriminatória. Grupos como pessoas trans se mobilizaram para pedir ao governo que a retificasse.
Não se sentindo à vontade com a obrigação de escolher um gênero, pediram que a medida fosse revogada. Como solução, o governo emitiu um decreto no qual as pessoas trans podem sair no dia em que se sentirem mais seguras.