Pesquisa revela que protestos contra Queermuseu tiveram interferência de robôs

Algumas obras da exposição QueerMuseu (FOTO: Reprodução)
Algumas obras da exposição QueerMuseu (FOTO: Reprodução)

Uma pesquisa realizada pela Diretoria de Análise de Políticas Públicas da Fundação Getúlio Vargas (DAPP-FGV) constatou que as inúmeras manifestações nas redes sociais que resultaram no cancelamento da exposição Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira, por parte do Santander Cultural, tiveram a interferência de robôs que disseminaram informações falsas na internet.

O estudo analisou 778 mil posts feitos no Twitter durante a semana que a exposição esteve em evidência nas redes sociais. 12,97% destes foram publicados com a intenção de boicote.

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Em menor proporção, aparecem as mensagens que se posicionaram a favor da Queermuseu o que contabiliza 7,16%. Os tuítes analisados foram coletados entre a 0h do dia 8 de setembro e às 12h de 15 de setembro de 2018. O anúncio do cancelamento foi feito no dia 09 e ganhou ampla repercussão na mídia.

A mostra foi duramente criticada por movimentos sociais conservadores por causa de conteúdos LGBT, acusados de apologia à pedofilia, zoofilia e blasfêmia. Após investigação, o MPF concluiu que as obras de arte não incentivavam a nenhum crime e condenou o Santander Cultural em Porto Alegre, a organizar novas exposições que tenham a diversidade como tema.

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