Um estudo feito na Universidade de Bristol e publicado recentemente na revista científica britânica The Lancet apontou que jovens contaminados com o vírus HIV já alcançam uma expectativa de vida “bem perto da normal”. O levantamento levou em conta as novas medidas de prevenção bem como de tratamento.
A pesquisa levou em consideração os dados de 88,5 mil pessoas com HIV na Europa e na América da Norte, e todos participaram de um total de 18 estudos diferentes. A previsão da expectativa de vida dos participantes foi feita baseada na taxa de mortalidade durante os primeiros três anos de tratamento. Descobriram, então, que houveram poucas mortes de paciente que começaram a se tratar entre 2008 e 2010, em comparação com quem havia começado entre 1996 e 2007.
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Ou seja, atualmente, jovens que começam a terapia antirretroviral depois de 2008, com baixa carga de vírus, já tem uma expectativa de vida de 78 anos, bem próxima da expectativa de vida de pessoas saudáveis na Europa. Segundo Michael Brady, diretor médico do Instituto Terrence Higgins Trust, o estudo mostra um grande avanço desde a década de 1980, mas também aponta que, agora, um terço das vítimas do HIV tem mais de 50 anos.
“Nós precisamos de um novo modelo para cuidar melhor dessas pessoas conforme elas vão ficando mais velhas, uma forma de integrar melhor os primeiros cuidados com serviços especializados sobre o HIV”, afirma Brady. Um dos pontos levados em consideração no estudo foi o aumento de programas de prevenção e evolução de exames para detectar o vírus com antecedência. O vírus também encontrou dificuldade em criar resistência aos remédios mais recentes.