Prédio que abrigaria centro LGBT no Rio vira local para idosos

Castelinho do Flamengo não será mais sede do Centro de Referência LGBT do Rio de Janeiro.
Castelinho do Flamengo não será mais sede do Centro de Referência LGBT do Rio de Janeiro. (Foto: Diadorim Ideias & Comunicação/Cris Isidoro)

Anunciado em 2014, pelo então prefeito da cidade do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, o Centro de Referência LGBT, não será mais abrigado no prédio do Castelinho do Flamengo. A nova gestão municipal decidiu que o monumento receberá uma reforma para a instalação do Centro de Referência da Maturidade.

De acordo com o jornal O Globo, o projeto enviado para a RioUrbe – entidade que deverá levantar os custos para a transformação -, visa construir um espaço que vai oferecer atividades culturais para pessoas acima de 60 anos. O local também servirá como uma espécie de laboratório, no qual uma equipe de professores, artistas e intelectuais pensará projetos e escolherá conteúdos para serem exibidos aos mais velhos nos 64 equipamentos culturais da prefeitura.

A mudança de planos colocou a construção em meio a uma polêmica entre o governo municipal e o movimento LGBT. Procurado pela reportagem da publicação, o diretor do grupo Arco-Íris, Almir França se disse surpreso com a notícia da decisão da atual administração. “Por pelo menos dois anos, ocupávamos o Castelinho por um mês, antes da Parada Gay, com exposições, palestras, encenações e diversas ações. Foi lançado um projeto e tudo. Não fomos comunicados pela secretaria.”, afirmou.

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Entretanto, segundo o subsecretário de Cultura da gestão, André Marini não há registro de nenhum projeto para o local, e acredita que o mesmo se tornará uma área de incentivo para políticas culturais para o público da terceira idade.

Em contrapartida, Carlos Tufvesson, titular responsável pela Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual no governo de Paes garante que a criação do Centro de Referência LGBT estava em processo de divulgação desde o ano passado, e até estudos do desenho arquitetonico do local já tinha sido iniciado.

Porém, o atual Coordenador Nélio Georgini discorda. Para ele, um único órgão para tratar das questões LGBT na capital carioca deve ser melhor discutida, e propõe que haja mais representantes da comunidade dentro dos espaços culturais, principalmente transgêneros, como acontecerá na equipe do próprio Centro de Referência da Maturidade.

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