Emerson Ferretti
Emerson Ferretti, atual presidente do Esporte Clube Bahia, falou sobre a pressão que sofreu no esporte por conta da sua sexualidade.
Em entrevista ao Conversa com Bial, da Globo, nesta última quinta-feira (2), o ex-jogador, que atuou como goleiro, contou que, por muito tempo, precisou esconder sua intimidade devido o preconceito existente no futebol.
“Desde cedo eu entendi que o futebol não aceitava homossexuais, né? A minha adolescência foi nos anos 80. Naquela época não tinha internet. A homossexualidade inclusive era considerada doença pela OMS. A gente também não tinha contato nenhum com o mundo gay, com pessoas LGBTs. Então era um mundo muito distante para mim. A descoberta foi muito solitária. O processo todo foi muito solitário. Com medo de isso acabar com a minha carreira (a revelação de que era gay)”, contou Ferretti.
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O presidente do Esporte Clube Bahia afirmou que a realização de terapia contribuiu para tornar público sua homossexualidade. "Todo o entendimento sobre minha sexualidade, toda a aceitação, que também foi um processo difícil, foi muito solitária, foi muito só. E aí, logicamente, eu jogava tudo dentro do esporte para poder equilibrar, mas quanto mais sucesso eu fazia, mais conhecido ficava, mais famoso, ficava mais difícil para poder, inclusive, paquerar alguém", explicou.
"Então, para equilibrar esses dois mundos, eu acho que hoje, como eu falei, após 20 anos de terapia, eu entendo que foi uma decisão inconsciente de sair de cena", disse Emerson.
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