De acordo com o G1, o primeiro advogado trans de Barra Mansa, Aedan, contou como os direitos básicos a população trans da sociedade ainda são custosos, mesmo em meio a diversos avanços.
“Me assumi trans na faculdade. Através de movimentos estudantis sobre gênero e sexualidade, comecei a entender mais sobre isso e me identifiquei, quando conheci pessoas trans. A partir dali, decidi me especializar na área de sexo e gênero e comecei a trabalhar nisso. Meu TCC foi sobre isso, minha atuação hoje, além de outras [áreas], tem especialização nisso”, disse o advogado.
“Na minha experiência [como trans] tive apoio da minha família, tive apoio dos meus amigos e dos meu professores de faculdade. Hoje, eu mudei meu nome, fui a primeira pessoa em Barra Mansa a mudar, em 2018. Mas foi muito difícil, muito burocrático e muito custoso. Não é acessível pra maior parte da população trans”, conta Aedan.
Além disso ele expõe um fato: a sociedade não está pronta para a pessoa trans.
“Está no nome do dia: visibilidade. Mas ainda acho que não existe visibilidade. As pessoas trans ainda são invisíveis na sociedade. A sociedade não está preparada para a pessoa trans. E isso é culpa de ‘x’ questões, mas essas ‘x’ questões precisam ser resolvidas de forma imediata. Porque essas pessoas existem, sempre existiram e precisam estar inseridas na sociedade, precisam ser cidadãs”, disse o homem.