Lançando o álbum As Ruas Estão Olhando no Brasil, o rapper Billy Saga contou em entrevista ao R7 sobre a missão que decidiu viver após ficar paraplégico ao ser atropelado por uma viatura que avançou o sinal vermelho. Desde então, o cantor dedica o seu trabalho como forma de luta pelos direitos das minorias.
“Se tornou minha realidade. Até então, eu não conhecia nenhuma pessoa com deficiência. Quando me tornei cadeirante, vi o quanto essa parcela da sociedade é segregada e quanto era negligenciado o direito dessas pessoas. Então, minha arte começou a permear esse tema.”, afirmou ele que além das pessoas com deficiência, inclui mulheres, negros e a comunidade LGBT em suas letras.
Com um repertório consolidado em frente ao seu público, o músico elencou quais músicas os fãs costumam mais pedir. “Emoriô é uma, Derruba um Rei também está entre as preferidas. E Pavio Aceso, por ser uma das minhas composições que falam do empoderamento das pessoas com deficiência também atrai um público específico.”, elencou.
Além dos palcos, ele também atua como coordenador de diversidade e inclusão em uma rede de supermercados, e ainda se desdobra na função de pai a pequena Emília de um ano e sete meses. “A maior parte de todo meu tempo é dedicado a ela. Quando eu chego tarde e ela está dormindo, sinto que o tempo foi jogado fora por não ter conseguido vê-la. Mas quando é missão, a gente tem de dar um jeito, tirar energia, ânimo, recurso emocional, espiritual, energético, financeiro… minha música é meu sonho, missa missão como militante também. O jeito é saber equalizar o que prioridade a cada dia. “, disse.