No Rio de Janeiro a reabertura das academias gerou uma fila de usuários ávidos por treino, mas também de clientes que queriam apenas cancelar o serviço. Mês passado, a rede Smart Fit se envolveu em polêmica de cancelamento após seu dono aparecer nas investigações da CPI das Fake News.
Segundo o Jornal Extra, no primeiro dia de funcionamento das academias, se formaram filas nas portas dos estabelecimentos, por conta do esquema de agendamento dos clientes por faixas de horário para evitar aglomeração.
Mas o portal apurou que muita gente estava indo ao estabelecimento após inúmeras tentativas de cancelamento da matrícula pela internet, mas sem sucesso: “Eu estava fazendo musculação em casa, mesmo. Até comprei pesos novos e instalei uma barra fixa no corredor. Mas não é igual à academia. Agendei logo que abriram os horários” disse Érico Luiz Valperto, de 38 anos, ao portal.
O estudante universitário Ricardo Giorgio, de 20 anos, relatou que após meses sem frequentar a academia, se encaminhou até a unidade de uma rede na Tijuca com outro objetivo, o de cancelar o plano: “Fiquei meia hora na fila para conseguir cancelar. Tinha umas 20 pessoas fazendo o mesmo. Tem muita gente insatisfeita com o relacionamento que eles têm com os clientes”, afirmou.
Entre 16 de março a 1º de julho de 2019 com o período correspondente deste ano, a quantidade de reclamações referentes a três redes de academia aumentou de 28 para 437, segundo o site do Procon. De acordo com Silvio Romero, chefe do departamento jurídico do Procon-RJ, as academias devem suspender a cobrança enquanto o serviço não estiver sendo prestado.
O Procon orienta que a melhor solução é que consumidores e fornecedores entrem em um acordo. Caso o consumidor não consiga negociar com a academia, pode abrir uma reclamação através dos canais de atendimento online do Procon-RJ.