Reddy Allor é uma das únicas drag queens do gênero musical sertanejo. A artista, que recentemente lançou a música Coração Tem Lei, em parceria com Roberta Miranda, refletiu os desafios diários de ser um nome no gênero dominado por figuras heteronormativas.

"Me sinto honrada e também responsável por levar isso de forma leve, mas sem perder a força. É inevitável o crescimento do movimento, pois é a nossa vida, a forma como nos enxergamos no mundo, e isso é uma realidade, e tudo que é real se sustenta por existir", disse a cantora, em entrevista à revista Contigo!.

Sincera, Reddy Allor descreveu um dos maiores empecilhos que vivencia enquanto artista. "Os maiores desafios estão nas raízes sociais que acabam fazendo com que aconteça uma demora muito maior para que eu chegue em qualquer lugar comum", explicou.

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"Eu só consigo entrar em um novo espaço depois de me provar muitas vezes, seja com a minha voz, com o meu profissionalismo, mas principalmente com grandes contatos e indicações que me 'validam' como artista", acrescentou a artista. Orgulhosa e grata, Reddy enalteceu a valorização de nomes veteranos como Roberta Miranda em apoiar talentos como ela, que quebram paradigmas com a inserção da comunidade LGBTQIAPN+ no segmento.

"A Roberta é um ícone do sertanejo, carrega uma carreira consolidada e marcada por sucessos que ultrapassam gerações. Ter ela nesse projeto dá continuidade nesse legado e quebra barreiras estruturais que são necessárias para que a evolução não pare de acontecer", disse.