Um relatório publicado nesta segunda-feira (15), na Austrália, divulgou como as terapias de reversão sexual, chamadas popularmente de cura gay, são um “problema real” nas comunidades religiosas. As informações são da agência Efe.
“O relatório revela o imenso trauma e dor que os participantes sentiram em relação à possibilidade de ter de escolher entre sua fé e seu gênero ou sexualidade”, afirmou Tim Jones, da Universidade La Trobe, que participou do estudo.
O documento toma como base 15 casos de pessoas que foram vítimas de tratamentos para tentar mudar a sua identidade visual através das crenças de suas comunidades religiosas.
O resultado do estudo mostra como os afetados sofreram com a prática sendo acometidos por fortes traumas psicológicos e a perda da fé. Outros até mesmo deixaram de lutar para serem aceitos nas suas respectivas comunidades religiosas.
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Elaborado pela La Trobe e pelo Centro Legal de Direitos Humanos e Saúde dos Homossexuais e Lésbicas do estado de Victoria, o levantamento ainda avalia as práticas utilizadas para esta conversão.
O relatório ainda formula recomendações a governos e comunidades religiosas, dentre elas, a defesa da lei que proíbe que crianças e adolescentes sejam submetidos a estas práticas. Em outros casos propõem ajuda aos afetados, além de campanhas de educação que envolvam as comunidades religiosas.
A diretora de defesa jurídica do Centro Legal de Direitos Humanos, Anna Brown, ressaltou que os tratamentos de conversão provaram ser “ineficazes e prejudiciais”, porque ao dizer a uma pessoa que ela está “doente por ser assim, é profundamente prejudicial.”