(foto: Pixabay)Imagem ilustrativa de pintura de Santa Marina
O curta-metragem São Marino, uma reinterpretação da figura canonizada como santa Marina, reconhecida pela Igreja Católica, sob a perspectiva de que teria vivido como um homem trans no século VI, no Líbano, foi apresentado pela diretora Leide Jacob.
Narrado pelo padre Júlio Lancellotti, o projeto provocou reações da Arquidiocese de São Paulo, que emitiu uma nota de repúdio à produção. A estreia da produção está marcada para 1º de novembro, Dia de Todos os Santos, no YouTube.
Segundo o curta, baseado em releituras históricas, Marino teria se identificado como homem após a morte da mãe, quando passou a acompanhar o pai em um mosteiro exclusivamente masculino. A figura histórica adotou o nome Marino, viveu sob identidade masculina e chegou a ser expulso do mosteiro após ser falsamente acusado de ser pai de uma criança. Após sua morte, a anatomia de seu corpo revelou que ele não poderia ter tido um filho, o que levou a Igreja a canonizá-lo como santa Marina.
Para Leide Jacob, o curta propõe um resgate histórico. “A gente traz uma oportunidade de a igreja revisitar esse passado e de recontar essas histórias”. A diretora afirmou, ainda, que a obra não trata apenas de uma questão religiosa, mas de olhar crítico para o passado.
“O nosso filme resgata essa vivência do Marino e ressignifica a santa, adotando o gênero masculino: São. A igreja não admite essa experiência ao tratar Marino como Marina”, afirmou.

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