Britânica descobre ser intersexual aos 43 anos

Fonte: BBC
Segundo a ONU, entre 0,05% e 1,7% da população nasce com traços intersexuais
Fonte: BBC Segundo a ONU, entre 0,05% e 1,7% da população nasce com traços intersexuais

A britânica Sara Gillingham sempre achou que era como todas as outras mulheres de seu convívio. \Mas só depois, em sua vida adulta, descobriu ter variações em suas características sexuais, ou seja: Sara é uma pessoa intersexo.

Segundo uma publicação da BBC, sua família havia dito a Sara que as operações por que a garota passou foram resultado de um parto prematuro, e logo depois ela descobriu que os médicos a avaliavam sua condição intersexual a um medicamento tomado por sua mãe para prevenir aborto.

“Minha memória mais antiga é que eu sempre me senti diferente, eu era meio ‘moleque’ na época de sua infância). Eu nunca me encaixei, mas não entendia por quê”, disse Sara em sua entrevista.

Fonte: BBC

“Intersexual” é um termo que foi incluído na sigla LGBTQIA+ para descrever pessoas que nascem com diferentes tipos de variações biológicas em suas características sexuais, que não se encaixam nas típicas definições de feminino ou masculino. Segundo a ONU, entre 0,05% e 1,7% da população nasce com traços intersexuais.

Essas diferenças podem envolver os genitais, os hormônios e os cromossomos. Uma pessoa com aparência designada “feminina” pode ter gônadas do sexo masculino, por exemplo.

A ambiguidade do espectro intersexo é bem ampla, mas o termo é mais recente. Antigamente as pessoas nascidas nessa condição eram nomeadas como “hermafroditas”.

Sara relatou muitas de suas experiências na infância. Conta de suas memórias de ter sido examinada em frente a estudantes de medicina quando era pequena, e que esses momentos eram “dolorosos”. “[Então] eu sabia em quais partes do meu corpo eles estavam operando,” ela lembra.

A substância tomada por sua mãe é conhecida como um remédio para evitar aborto e está ligada a casos de pessoas nascidas intersexuais, embora a maioria dos casos aconteçam naturalmente e não sejam relacionadas a ela.

Quando descobriu a verdade, Sara retornou ao hospital infantil Sheffield, na região inglesa de Yorkshire, para ler os registros médicos sobre sua passagem pela instituição médica.

O hospital, no entanto, disse que os relatórios médicos tinham sido destruídos, mas a gerência se prontificou a ajudar Sara sobre seus novos dilemas, discutindo suas preocupações com ela.

Mesmo assim isso a mobilizou a fazer uma campanha para mudar a forma como o sistema de saúde trata essas pessoas que têm estas variações, e que, muitas vezes, são designadas num gênero contrário à sua identidade devido às cirurgias corretivas.

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