Nesta semana, a Universidade Monash, em Melbourne, divulgou um estudo internacional após entrevistar 1173 jovens lésbicas, gays e bissexuais da Nova Zelândia, Irlanda, Canadá e Austrália.
De acordo com a pesquisa, 42% dos jovens gays e bissexuais relataram que já sofreram homofobia durante a prática no esporte, conforme divulgado pelo site RNZ. Erik Denison, um dos responsáveis pela divulgação do estudo, disse que os dados são alarmantes e preocupantes.
“O esporte parece estar preso nos anos 80, onde nada está mudando em termos da brincadeira homofóbica que está acontecendo. Não acho que isso seja surpreendente porque nada foi feito para mudar esse comportamento”, contou Erik.
O especialista ainda atribui o comportamento homofóbico a cultura enraizada dentro do esporte. “O comportamento não muda por si só, especialmente quando sabemos que esse comportamento está sendo impulsionado pela cultura e pelas normas no esporte e não por atitudes homofóbicas. Apenas dizer às pessoas para serem diversas e inclusivas não vai mudar esse comportamento que você precisa para ir lá e usar abordagens baseadas na ciência para mudar a cultura e mudar as normas e o resultado final está criando uma cultura melhor para todos.”
Ainda segundo a pesquisa, 33% dos jovens neozelandeses relataram ter sido alvo de bullying homofóbico, agressões e insultos dentro do esporte. “Esperávamos que os jovens LGBT que saíram no esporte neozelandês relatassem menos comportamento homofóbico porque o país é muito progressista nessas questões. Esperávamos que todos ao seu redor parassem as brincadeiras homofóbicas e outros comportamentos que sabemos que permanecem comuns nos esportes em equipe“, disse Denison.