Augusto Aras foi o nome que Jair Bolsonaro indicou para Procuradoria-Geral da República (PGR), assim tendo que ser sabatinado. Fabiano Contarato, senador do Espírito Santo pela Rede, fez o questionamento que mais repercutiu nas mídias sociais.
Fabiano, que é o primeiro homossexual a assumir tal cargo, fez lembrança a uma carta assinada por Aras à Associação Nacional de Juristas Evangélicos, onde se comprometeu com a “causa cristã”, que resume o conceito de família apenas a casais heterossexuais monogâmicos.
De acordo com a Istoe, o senador perguntou o seguinte: “Eu sou delegado de polícia há 27 anos, eu sou professor de Direito há 20, estou senador da República. Eu tenho muito orgulho da minha família, eu tenho um filho. O senhor não reconhece a minha família como família? Eu tenho subfamília? E diz mais: estabelece cura gay. Eu sou doente, senhor procurador?“.
A indagação arrancou aplauso de alguns presentes. Aras admitiu não ter lido a carta inteira no momento em que assinou e declarou querer que “homem e mulher” seja substituído por “pessoas” no conceito de família. No entanto, pecou a taxar a homossexualidade como uma escolha.