A drag queen Silvetty Montilla comentou sobre a polêmica em torno da tentativa de censura da série de animação “Super Drags”, a qual dubla Vedette Champagne. Na semana passada, um vídeo da personagem em resposta ao comunicado da Sociedade Brasileira de Pediatria – que pedia o cancelamento da produção por ser dedicada aos adultos, mas por ser um desenho poderia despertar interesse das crianças -, foi publicado na conta da Netflix no YouTube.
Em entrevista ao UOL, a performer acredita que a tentativa de barrar animação é mais uma manobra do conservadorismo para derrubar o movimento LGBT. “Não quer que a criança assista? Não deixe ver”, afirmou ela, acrescentando que há uma falta de união da própria comunidade LGBT para lutar a favor da causa.
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Ainda na publicação, Silvetty destacou a ascensão da cena drag na mídia atual, impulsionada por Pabllo Vittar, como um marco para toda a categoria. Algo que era inimaginável alguns anos atrás. “Nós temos artistas talentosíssimas, mas as oportunidades não são mesmas. Fico muito feliz porque a Pabllo chegou onde nenhuma de nós vai chegar, está abrindo um leque que serve para todo mundo”, analisou.
A artista também lembrou o início da sua carreira quando decidiu largar o emprego tradicional de auxiliar de promotoria para se dedicar totalmente à noite. “Vi que compensava financeiramente e me agradava, eu era boêmia”, contou expondo as dificuldades. “Antigamente era tudo mais difícil. Antes de mim, tinham aquelas mais precursoras que precisavam se montar dentro da boate, levavam a peruca dentro da sacola. Eu ainda tinha que tomar cuidado também. Hoje em dia, você vê uma moleca”