Síndrome de Fournier: saiba os riscos da rara infecção genital que pode ser fatal
A síndrome de Fournier, uma infecção grave e incomum que atinge a região genital e perineal, ganhou notoriedade, após a morte do funkeiro Leandro Rogério, de 40 anos, um dos autores do hit 'Aqui no baile do Egito', em julho deste ano.
A condição, popularmente descrita como uma doença capaz de “devorar” os órgãos genitais, preocupa pela evolução rápida e pelas consequências que pode gerar.
De acordo com a infectologista Eveline Vale, professora do Centro Universitário de Brasília (CEUB), a síndrome se caracteriza por uma fasceíte necrosante que compromete tecidos genitais, anais e até pélvicos. “A doença costuma ter início a partir de pequenas lesões, abscessos, feridas ou procedimentos cirúrgicos e evolui de forma extremamente rápida, causando destruição dos tecidos”, afirmou ela.
O quadro é causado por um conjunto de bactérias, entre elas Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae, Streptococcus pyogenes e Staphylococcus aureus. Microrganismos intestinais e de pele atuam em conjunto, acelerando a necrose. Em alguns casos, também há a bactérias anaeróbias como Clostridium e Bacteroides fragilis.
Os sintomas mais característicos são dor intensa, desproporcional à aparência da lesão, além de inchaço, vermelhidão de rápida progressão, formação de bolhas e mau cheiro decorrente da necrose. O tratamento inclui cirurgia de remoção do tecido necrosado, uso de antibióticos intravenosos de amplo espectro e suporte hospitalar intensivo. Em casos graves, pode ser necessária a amputação parcial da região afetada.
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