A homossexualidade ainda é crime na maior parte dos países do mundo. Cada lugar, porém, aplica penas de forma diferente, que podem ir desde a falta de uma penalidade específica, até prisões perpétuas ou penas de morte. O site Erasing 76 Crimes divulga crimes que acontecem nessas regiões contra LGBTs, que às vezes nem chegam a sofrer a punição legal antes de serem agredidos ou mortos por outros cidadãos.
O nome vem do fato que 76 países criminalizam a homossexualidade – e, claro, a transexualidade, que costuma receber reações ainda mais severas. Um dos casos, por exemplo, é o do adolescente intersexual Muhadh Ishmael, na Quênia, que nasceu com as genitálias de ambos os sexos. Seus pais tiveram uma reação tão negativa a isso que contrataram homens para mutilar seu órgão genital e depois abandoná-lo. Ele morreu dias depois, e sua história foi contada por um jornalista sob o pseudônimo de Joe Odero.
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Ainda assim, o jornalista foi descoberto, teve seus familiares assassinados e precisa se esconder para ficar vivo, até hoje. Esse tipo de denúncia é feito pela Erasing 76 Crimes, que é mantida por Colin Stewart – um jornalista americano, branco, cristão e heterossexual. Ele e mais uma equipe de oito pessoas trabalham para recolher relatos desses países, a maioria na África e no Oriente Médio.
Em números, temos 76 países que criminalizam LGBTs contra 47 que reconhecem uniões ou casamentos entre a população. Desses 76, 13 prevem penas de morte: Irã, Arábia Saudita, Sudão, Iraque, Iêmem, partes da Nigéria e da Somália.