A Suécia quer indenizar cerca de 800 transexuais que foram esterilizados contra a vontade.
A proposta de lei visa atribuir uma indenização de 23.500 euros a cada uma das pessoas que, entre 1972 e 2013, foi forçada a uma cirurgia irreversível antes da mudança de sexo.
A intenção foi anunciada pelo ministro da Saúde, Gabriel Wikström, no final do mês de Março. O governante sueco sublinhou que a “esterilização como condição” para a mudança de sexo “é uma concepção que se distancia da sociedade atual”.
Vale lembrar que em 1972 a Suécia se tornou o primeiro país a reconhecer legalmente a mudança de sexo. Porém, além de impor a esterilização, o Governo também proibia que fossem congelados óvulos e esperma, eliminando qualquer possibilidade de reprodução.
Agora, o ministro da Saúde diz querer um processo de pagamento “que seja o mais simples possível” e espera que o projeto de lei que permite indenizar os beneficiários entre em vigor em Maio de 2018.
A organização Transgender Europe elogiou a decisão do governo sueco.
“Esta é a primeira vez que um Estado reconheceu a esterilização forçada de transexuais durante a mudança legal de sexo como uma violação de direitos humanos e avança com uma compensação econômica das vítimas”, disse a diretora executiva da organização, Julia Ehrt.