"Tem muita semelhança comigo", afirma Jesuíta Barbosa sobre personagem drag em supersérie

O ator Jesuíta Barbosa como a drag queen Shakira do Sertão na novela Onde Nascem Os Fortes
O ator Jesuíta Barbosa como a drag queen Shakira do Sertão na novela Onde Nascem Os Fortes (Foto: Divulgação/TV Globo)

A verdadeira identidade de Shakira do Sertão, vivida por Jesuíta Barbosa,  foi descoberta no capítulo de ontem (17), da supersérie “Onde Nascem Os Fortes”, da TV Globo. Depois de uma tentativa de assédio malsucedida, o delegado Plínio (Enrique Diaz) vai reconhecer a drag queen e, em seguida, chantageá-la para não ter o seu segredo revelado ao pai Ramiro (Fábio Assunção), que o cria para ser seu sucessor. Em entrevista ao jornal O Dia, o intérprete da artista performática espera que a mensagem seja uma lição às expectativas impostas pelos pais.

“Espero que os pais também se percebam nesse lugar errado da ideia de criação, imposição. Não só os jovens, espero que abra consciência, que eduque. Quero muito que meus pais, por exemplo, assistam, muito que minha família, meus primos percebam que tem uma modificação necessária e que reverbere”, contou.

Ainda na publicação, Barbosa afirmou ter muito em comum com o papel que defende na produção global. “A Shakira é uma pessoa do interior, aí já se parece comigo, enfrenta problemas da família, que também a gente enfrenta. Acho que tem muita semelhança comigo. Sinto propriedade de poder fazer essa personagem”, disse.

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Sobre o processo de criação da personagem, Jesuíta revela que precisou fazer dois meses de aulas de canto. “É um desafio, porque eu nunca tinha feito um trabalho cantando. Foi ótimo. Criamos cinco músicas de repertório diferente, músicas antigas, que lembram uma época. Nós remontamos isso e levamos para o funk, para a música eletrônica”, destacou.

“Não queria de jeito nenhum trabalhar a Shakira só em função da questão sexual. Quando você vê uma figura que se monta, que é drag, você vai diretamente a esse ponto do sexo. ‘Mas é um personagem gay?’, ‘É um personagem hetero?’, ‘Ela fica com homem ou fica com mulher?’. A minha vontade junto com o Zé (o diretor José Villamarim) era fazer uma drag, mas deixar de jeito nenhum só a questão sexual à tona. Acho que a gente está conseguindo fazer isso”, finalizou.

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