Torcedor nato de futebol, Phil, de 39 anos, foi para o Catar para seu quarto Mundial consecutivo. De acordo com o G1, o país afirmou que “todos seriam bem-vindos”, porém como fica a situação de um homossexual, sendo que lá relação entre pessoa do mesmo sexo são consideradas crime.
Phil deu detalhes em primeira mão para o portal da Globo e contou como foi a experiência desafiadora que viveu. “Sou torcedor da Inglaterra muito antes de saber o que significa a palavra “gay”. Minhas primeiras lembranças de futebol são assistir à Copa do Mundo de 1990 na casa dos meus avós e ficar acordado até tarde para ver os jogos da Inglaterra.”
“Estou ciente de que minha decisão de ir para o Catar me coloca na minoria substancial de torcedores gays da Inglaterra — mas se estão falando sério que o evento é para todos, não vou deixar que a desprezível posição do Catar sobre os direitos LGBTQIA+ me impeça de aproveitar a competição que eu amo.“
“Não sinto que tenho que escolher entre ser um homem gay e um torcedor da Inglaterra.“
“Estou saindo do estádio depois de assistir à minha primeira partida, Japão 2 x 1 Alemanha. Um jogo magnífico. Mas é tudo muito estranho aqui. Há uma atmosfera estéril dentro dos estádios, ninguém parece saber bem o que fazer.“
“A segurança está gerenciando as coisas de perto — há uma área específica para revista de bandeiras e cartazes antes de entrar. Reconheço que estou dizendo isso de uma posição de extremo privilégio. Há uma camada de proteção que se aplica a mim como estrangeiro ocidental que não se aplica aos cidadãos LGBTQ do Catar. É isso que me deixa mais em conflito“, detalhou o torcedor toda a sua experiência.