Pela primeira vez, pessoas trans puderam fazer concurso público.
A PSC (Comissão de Serviço público na sigla em inglês) divulgou que 651 pessoas trans fizeram concurso público no ano fiscal de 2015/2016. O número só foi possível porque além de gênero “feminino” e “masculino”, agora existe a opção “outro” nos formulários. Em países da Ásia que historicamente têm uma cultura mais receptiva ao tema, é muito comum encontrar um terceiro gênero, que nem sempre é reconhecido pelo governo.
“O governo abrir portas para permitir que os transgêneros se juntem à função pública é uma decisão positiva. Trata-se de proporcionar oportunidades iguais a todos os cidadãos “, disse o presidente do PSC, Umesh Prasad Mainali, ao Kathmandu Post.
No Nepal, 45% dos funcionários públicos (civis) devem ser de grupos historicamente desfavorecidos, como mulheres, os dalits, as minorias étnicas, os povos indígenas e os deficientes. Uma representante do Blue Diamond Society, coletivo LGBTI, gostaria que o terceiro gênero entrasse no grupo de cotas para funcionários públicos.
“O governo deve dar LGBTIs uma perna acima para que eles tenham sucesso na sociedade”
“Há muitos de nós que vêm de origens pobres e que viveram em estigma todas as suas vidas, tanto quanto as pessoas que pertencem às castas e tribos já assistidas”.