Em Brasília, um suposto caso de agressão e demissão por transfobia vem chamando a atenção. Uma jovem transexual alega que inicialmente foi agredida por um funcionário da loja em que trabalhava e que quando denunciou o colega para a gerência do estabelecimento acabou não obtendo retorno. Semanas após a denúncia, a funcionária transexual acabou sendo demitida.
Jhonnatan Abreu de Queiros Silva, que em breve se chamará Nicole afirma que inicialmente não levou o caso de agressão à Justiça, pois temia perder emprego. Em entrevista ao site Metrópoles, a ex-funcionária afirma que trabalhou na loja chamada Bio Mundo por cinco meses e que teria desde o início, deixado claro que estava passando pelo processo de transição para se tornar uma mulher trans mas, nem todos os funcionários teriam a recebido bem.
“Uma vez, um dos meninos disse que eu não era homem porque meu pai não me bateu o suficiente. Aquilo era horrível“, contou. Não aguentando mais os comentários preconceituosos dos colegas, um dia Jhonnatan acabou empurrando um deles.
O caso está sendo administrado pelo Conselho Distrital de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos que vem tentando um acordo entre as partes. A direção da loja nega a versão do ex-funcionário Jhonnatan Abreu de Queiros Silva e afirma que a demissão ocorreu por causa de atrasos e faltas constantes da transexual.