Violência

Turistas de Mato Grosso são agredidos por barraqueiros em Porto de Galinhas

Após contestarem valor acima do combinado, turistas relatam espancamento, falta de assistência e prometem acionar a Justiça.
29/12/2025 00:14
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(foto: Reprodução / Vídeo)

Casal de Mato Grosso precisou da ajuda dos salva-vidas do município para deixar o local. A Polícia Civil investiga o caso.

O personal trainer Johnny Andrade Barbosa e o empresário Cleiton Zanatta afirmam que foram brutalmente agredidos por barraqueiros na praia de Porto de Galinhas, em Ipojuca, Litoral Sul de Pernambuco, na tarde do último sábado (27), depois de contestarem um valor que consideraram acima do combinado pelo uso de cadeiras e guarda-sol. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o casal, de Mato Grosso, sendo atacado por vários homens enquanto tentava deixar o local em um veículo da equipe de salva-vidas.

Segundo relatos, a confusão começou quando os comerciantes apresentaram uma cobrança quase o dobro do que havia sido combinado previamente. Já os barraqueiros disseram que os turistas saíram sem pagar, o que teria provocado o tumulto que terminou em agressões.

Johnny contou que tudo começou quando o casal questionou o valor:

Nós questionamos. Falamos ‘não foi esse o valor combinado’. Eu disse que pagaria o que havia sido acordado”, relatou. Segundo ele, um dos barraqueiros reagiu com violência. “Ele disse ‘você vai pagar esse valor’, pegou a cadeira e jogou em mim. Depois fui jogado no chão”, afirmou.

Casal denuncia agressões de barraqueiros depois de contestar valor cobrado na praia de Porto de Galinhas. 📸 Reprodução / vídeo

Cleiton relatou que o casal foi cercado.

Quando me dei conta, não era nem um e nem dois. Eram uns 10 ou 15 em cima da gente, batendo”, disse. Ele afirma que sofreu diversas lesões no rosto e no corpo. Johnny classificou a cena como “uma atrocidade” e “um massacre”, e acredita que a intervenção dos salva-vidas impediu algo ainda mais grave.

Se não fossem os salva-vidas, a gente poderia ter morrido”, declarou.

O casal afirmou que planejou a viagem por seis meses e disse que não pretende voltar ao destino. “Porto de Galinhas é um lugar maravilhoso, mas enquanto situações como essa continuarem, não venham para cá”, declarou Cleiton. Ele informou que já acionou advogados e que pretende processar a prefeitura e o Governo de Pernambuco.

Os turistas também criticaram o atendimento após as agressões e relataram falta de estrutura na unidade de saúde local, como ausência de ambulância e máquina de raio-x. Após o episódio, afirmaram ter recebido relatos de outras pessoas que passaram por situações semelhantes.

Prefeitura e Governo do Estado se manifestam

Em nota, a Prefeitura de Ipojuca informou que repudia e lamenta o ocorrido e classificou o episódio como “um fato grave e incompatível com os valores de respeito, acolhimento e hospitalidade do destino”. O município declarou que os órgãos competentes apuram o caso para identificar os envolvidos e adotar as medidas cabíveis. A gestão destacou que mantém ações contínuas de ordenamento da orla, com recadastramento de ambulantes e reuniões com barraqueiros.

Secretaria de Defesa Social (SDS) afirmou que, quando as forças de segurança chegaram ao local, a situação já estava controlada. A pasta declarou que a investigação começou imediatamente e que o caso tem prioridade. A SDS também informou que a Polícia Militar atua na região com esquema de reforço.

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