Patrícia’s Bar

Um bar chamado Patrícia, livro de Bosco Fonseca sobre o primeiro Bar LGBTQIAPN+ de Manaus

A obra deu início nos anos 50, e foi passando de década em década, até chegar na de 80

Bosco Fonseca
Bosco Fonseca (Reprodução/Internet)

O primeiro bar LGBTQIAPN+ de Manaus fez história e continua fazendo pois agora está eternizado no livro “Um bar chamado Patrícia”. Uma obra de Bosco Fonseca, estilista de moda amazonense e frequentador dos bar nos anos 70, que conta sobre o início do movimento gay em Manaus, durante o período da ditadura militar. Será lançado no dia 16 de dezembro, no Salão Nobre do Palácio Rio Negro. Haverá uma cerimônia reservada apenas para convidados.

Segundo acrítica.com, Bosco Fonseca disse que a ideia de escrever o livro surgiu após ele ter passado por um problema sério de saúde, momento esse em que também reviveu lembranças por meio de fotografias que encontrou, da época em que frequentava o Patrícia’s Bar, o primeiro bar gay de Manaus.

“Eu não sei dizer por que eu guardei essas fotos. Só que eu ia queimá-las, mas aí quando eu olhei, eu falei: Não posso fazer isso! Isso é uma história, as pessoas precisam conhecer essa história e foi quando eu dei um ‘time’ e comecei através das fotos. Tanto que eu começo falando para as pessoas, que tudo que tá no livro foi o que eu vivenciei e que eu não sou nem escritor, nem historiador e nem jornalista. Eu sou simplesmente um estilista de moda que resolveu, de uma hora pra outra, escrever um livro”, comenta Bosco Fonseca.

A obra deu início nos anos 50, e foi passando de década em década, até chegar na de 80.

Bosco, que participava de todos os concursos realizados pelo estabelecimento na época, conta que “a história de todo esse movimento, sobre como ele funcionava. Esse bar tem mais de 50 anos, o início foi em 1969. O primeiro desfile foi em 1973, mas o bar já existia. E eu conto essa trajetória do bar, que ficava na Constantino Nery, em frente à usina Londrina”.

“Por sinal, eu ganhei todos os concursos que teve de fantasia em Manaus. Chegou até um momento que os meninos já não queriam mais desfilar. Eles diziam: Ah, nem vamos mais, porque a gente já sabe quem vai ganhar (risos)”, relembra o estilista.