Segundo pesquisa global realizada pelo aplicativo de encontros Hornet, encomendada pela Thomson Reuters Foundation, que envolveu 3.500 participantes, um em cada três homens gays se sente inseguro vivendo com suas famílias durante o isolamento social causado pela Covid-19.
De acordo com a pesquisa, 30% dos entrevistados, que incluiu homens trans, disseram que se sentem física ou emocionalmente inseguros em suas próprias casas. É quase um terço do total de homens gays e bissexuais que relatam se sentir vulneráveis no ambiente doméstico durante a pandemia, tendo destacado nas respostas questões sobre impactos na saúde mental.
O aplicativo enviou o questionário para cerca de 30 milhões de usuários em todo o mundo, com 18% das respostas provenientes do Brasil, outros 10% da França e da Rússia, respectivamente, e 9% da Turquia. Muitos disseram que o isolamento afetou sua saúde mental, com 72% experimentando ansiedade desde o início da pandemia e 24% se sentindo muito solitário.
Em abril deste ano, a ONU pediu a todos os países que protegessem as pessoas LGBTI contra a discriminação, em especial, as que procuram assistência médica durante a pandemia. Esta parcela da população pode hesitar em procurar serviços médicos e ser especialmente vulnerável.
“As pessoas LGBTI estão entre as mais vulneráveis e marginalizadas em muitas sociedades e entre as que estão mais em risco com o covid-19”, escreveu a Alta Comissária para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, em comunicado.