Uma ordem feita pela Universidade Federal de Lavras (UFLA), nas Minas Gerais está causando polêmica entre os estudantes e funcionários, sobretudo os calouros que foram ameaçados de serem expulsos dos cursos matriculados, caso não compareçam às oficinas sobre “Gênero e Sexualidade”, “A Política de Cotas na Universidade Brasileira” e “História das Lutas do Movimento LGBT”, que acontecem a partir da próxima segunda-feira (12), como parte da programação de boas vindas do ano letivo.
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Ao todo, sete oficinas serão oferecidas as quais os novos alunos terão a opção de escolher uma delas para frequentar a partir do dia 14. A obrigatoriedade do comparecimento, porém, gerou fortes críticas, tanto que o movimento Escola Sem Partido entrou com uma ação na Justiça para impedir a medida.
A organização defende que a imposição faz parte do critério de avaliação a mais, além do vestibular. “O que deveria ser um direito do estudante está sendo imposto como obrigação cujo descumprimento tem como consequência nada menos que o fim da vida universitária do calouro”, argumentou a Escola Sem Partido no processo.
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Em um comunicado divulgado, a UFLA rebate as acusações afirmando que foi mal interpretada ressaltando que “recepção de calouros é uma atividade tradicional e tem como objetivo o acolhimento dos alunos ingressantes.”
Sobre a obrigatoriedade da presença dos alunos, a Universidade afirma estar dentro do seguimento dos órgãos competentes. “prevista na Resolução CEPE n° 42, de 21 de março de 2007, pois as atividades são realizadas em dias letivos. Na programação do evento, está definido que a presença é obrigatória em todos os dias”, completou.